Eu TE amo... aprendemos desde bem pequenos a falar essa frase, para os pais, para os familiares e amigos, não é?
Mas e quando é que aprendemos a falar "eu ME amo"?! Essa muitas vezes é só lá pelos 40 anos, depois de termos tido inúmeras decepções e tristezas no casamento, com os filhos, com pai e mãe e por aí vai...
Sem querer ensinamos nossos filhos que eles devem ser bondosos, amorosos, pacientes e ter empatia com OS OUTROS. Desde a escolinha ou parquinho, quando as vezes "lutam" por um brinquedo com os amiguinhos, nós tendemos a explicar que é importante dividir, ceder... e nessa hora, mesmo que a nossa intenção seja a melhor de todas, a mensagem que deixamos para eles geralmente é: priorize e ame o outro antes de amar a si mesmo!
Já parou para pensar?
Eu muitas vezes agi assim com o Max, até me dar conta de que, apesar de ele ser criança, tenho que respeitar que ele tem suas preferências, suas vontades, seus gostos, que nem sempre serão os mesmos dos meus ou do pai. Assim como nós não gostamos de dizer sim quando queremos dizer não, eles também tem que ser respeitados, e muitas vezes passamos "por cima" desse pequeno ser humano impondo nossas vontades, e deixando mais uma vez a clara mensagem de que tudo ao redor é mais importante que eles próprios.
Hoje vejo que quando eu era criança meus pais repetiam seguidamente o quanto eu era bonita, inteligente, "dona de mim", e isso me fortaleceu muito, me fazendo acreditar que eu poderia ser o que eu quisesse e que jamais alguém iria me dizer que eu não era capaz. Assim cresci, sabendo que para encontrar um parceiro eu precisava estar certa de que eu sozinha já era completa e amada (por mim mesma), para não buscar alguém que me "completasse", e sim alguém que me "somasse", pois a felicidade só existe dentro de nós mesmos, por mais que muitas vezes busquemos lá fora
E assim falamos para o Max, que ele não precisa agradar a tudo e a todos (inclusive a nós pais) o tempo todo, e que jamais deve aceitar ou permitir que alguém diga a ele que não é capaz, que não é suficiente e por aí vai...
E sim, devemos sempre ensinar a eles a respeitarem e terem empatia com os outros, isso é inegociável, porém limitado a quando respeitar o outro significa abrir mão de nosso respeito próprio! 🙏🏻🙏🏻
Beijo Grande,
Fê